segunda-feira, 16 de agosto de 2010

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As perguntas não querem ir embora. Eu respondo-as com outras perguntas que nem sei responder. Elas tornam-se maiores e mais complicadas. Além destas, eu devo dormir, acordar, desenvolver atividades e procurar solucionar probleminhas práticos diários. Cansado, não posso varrê-las pra debaixo de um tapete. Estas me perseguem aqui, ali e em qualquer lugar que eu vá. São interrogações que alucinam a realidade e me levam o bom senso.
No meu relógio são três horas, mas a vida já marca três horas a mais. Atrasado, é sempre assim, esforçando-me ao máximo para alcançar a normalidade vista em todos os homens que me circundam. Corro mais e mais coisas deixo pra trás. Todas me alcançam carregadas de dúvidas. O tempo não pára. As pessoas passam. O ônibus atrasa. O vagão está lotado. As contas venceram. O banqueiro não perdoa. Os juros correm. O amor cobra...
Estou deitado, pronto pra descansar, imóvel além de um coração que faz questão de lembrar-me a vida e os pensamentos que me questionam mais e mais. Estou vivo, cansado e perturbado. Sou apenas um, que não dorme e não resolve os problemas em decorrência de outros problemas, que problematizam o espaço, me fazem seguir em frente e sempre atrasado. Ou talvez, muitos sejam como eu, o que me faz ser apenas mais um que só vê aquilo que quer pra se fazer diferente, complicado e incomparável. Paradoxalmente complexo!

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