sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos seguidores, simpatizantes e especialmente às pessoas que tornam minha vida tão leve quanto um sonho bom. Enquanto puder sonhar, poderei expressar o amor, a dor, o simples, o complexo, enfim, a vida. Grato!
Feliz 2011
F@l@s @o VENTO!










quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Degraus.

Olho pra frente e vejo um pequeno degrau. Eu estou num lugar branco e úmido, agradável. Subo o degrau, agora estou num lugar seco e amarelado. Não posso mais voltar, olho pra frente e vejo outro degrau, subo e não vejo nada além de luzes brancas a piscar, sinto tontura e falta de ar. Fico por um instante até que sinto outro degrau sob meus pés, que sobe só. Encontro-me num lago de lamas vermelhas e quentes que fazem transpirar - meus pés formigam e a pele desbota. Um buraco se abre sob a lama e há uma plataforma sinalizando a saída rumo ao desconhecido. A lama escorre facilmente sobre minhas pernas até que me ponho em movimento. Noutro patamar encontro uma raiz silvestre, forte e tão surreal que me laça pra si, e em movimentos circulares me leva a uma superfície porosa e fofa, onde tudo é marrom e morno. Por alguns instantes relaxo, mas umas gotas d’água cada vez mais densas caem em meu corpo, me lavam e me erguem num transbordar, num verde sem fim. Este verde que me rodeia agora trás uma paz tão mítica, que nele poderia esperar um fim. Lanças cortantes me arrancam dali pra um lugar branco e úmido, agradável. Feliz ciclo novo!

domingo, 5 de dezembro de 2010

“A GENTE NASCE, CRESCE, REPRODUZ E MORRE.”

Lembro-me agora daquela VELHA frase:

“A GENTE NASCE, CRESCE, REPRODUZ E MORRE.”

Ela me parece tão bobinha quanto às continhas de adição e subtração, ou as bolinhas de papel. Mas se penso mais adiante ao meu cárcere emocional, penso que a mesma frase pode ter significados profundamente satisfatórios e abrangentes no que diz respeito a minha vida e a toda e qualquer forma que se manifesta a natureza. Passo também a questioná-la, pois de acordo com a lei da vida posso morrer sem reproduzir uma vida alheia a minha. Por outro lado, não vivo sem reproduzir a minha. Posso questionar muitas outras coisas, mas a que mais me preocupa é: por que crescer para depois morrer?

Eu já repeti a frase muitas vezes em diversos momentos e algo me diz que o meu subconsciente trabalha pra nunca ter resposta mais satisfatória que:

“Melhor do que saber é viver sem ter a certeza de morrer.”

O problema não está em saber que morrerei, mas em saber o porquê de tudo que ocorre antes, depois, nas entrelinhas e intervalos de:

“A GENTE NASCE, CRESCE, REPRODUZ E MORRE.”