terça-feira, 28 de setembro de 2010

Acordei!

Acordei! Estou acordado! Em verdade, nunca me lembro de ter dormido. Não conseguiria ter sonhos mais belos dos que vivo. O fato de estar, entra pelos poros como água em ebulição me irrigando por inteiro. Respirar me faz sonhar, o que me torna personagem indispensável desta história. Existir é a prova de que sonhos são vitais, portanto vida. Não posso dormir em vida, isto é incompatível. E depois eu não sei, não, mas posso muito bem imaginar. Imaginar com a perfeição que este sonho me concede, com a amplidão que esta vida propõe, enfim, com o que sou. Imaginar-me a dormir. É por isso, somente isso me permite acolher teus desejos por “Bons sonhos!”, enquanto ensaio o mais esperado de todos os espetáculos: DORMIR!...

Posso sonhar que dormir seja um planeta de sorvete com cobertura como diria quem assim quiser. Ou, também, posso dizer-lhe que dormir é sonhar eternamente com você. Poderia até mesmo dizer a você que em dormir não há mais nada, mas não vou perder meu tempo a dormir se ainda posso sonhar. Sonhar e “sonhar dormindo”.

Enquanto sonho por demais, vivo por demais e mais sono tenho guardado dentro de mim, como o gelo a derreter e tornar-se água a desaguar em rios e mares criando vida.

Eu corro, corro muito mais, pois não tenho medo de chegar, e nem tampouco, tenho pressa de dormir.

Ciclo paradoxalmente vital, perfeitamente existente e amplo à mente.


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